Operadora do Nubank já enfrenta problemas com a Anatel: é o FIM da NuCel?
Recentemente, a NuCel, nova operadora da Nubank, enfrentou alguns problemas com a Anatel, que regula esses serviços no país.
O setor de telecomunicações brasileiro foi surpreendido pelo lançamento da NuCel, uma nova operadora móvel associada a um dos maiores bancos digitais do país.
A chegada da NuCel gerou grande expectativa entre os consumidores, que estão curiosos com as promessas de planos acessíveis e modernos, integrados ao ecossistema financeiro já bem estabelecido do banco.
No entanto, junto com a empolgação, surgiram questões regulatórias que desafiam a entrada da nova operadora no mercado. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está analisando o contrato de exclusividade da NuCel com uma operadora parceira. Isso levantou preocupações sobre as normas que regem o funcionamento das operadoras móveis virtuais no país.
Conheça a NuCel: novidade da Nubank
A NuCel é a operadora móvel virtual (MVNO) lançada pelo Nubank em outubro. Ela veio com o objetivo de expandir os serviços oferecidos aos seus clientes e integrar telecomunicações ao ecossistema financeiro da marca.
A NuCel oferece um modelo de serviço voltado à simplicidade e acessibilidade, com planos de internet 5G a preços competitivos e a vantagem de oferecer WhatsApp ilimitado. Os planos disponíveis são direcionados ao público que busca uma opção econômica, mas com benefícios diferenciados. Atualmente, a NuCel possui três opções de planos:
- O primeiro, de 15 GB, custa R$ 45;
- O segundo, de 20 GB, tem o valor de R$ 55;
- O plano de 35 GB é oferecido por R$ 75.
Um diferencial interessante para os clientes do Nubank é a possibilidade de integrar o pagamento dos planos com o “Caixinha”. Trata-se de uma funcionalidade de investimento do banco digital que rende 120% do CDI.
Além disso, a NuCel adotou o eSIM como único formato de chip. Isso faz com que dispense a necessidade de um chip físico para a ativação do serviço. Essa inovação garante maior praticidade e segurança ao usuário, facilitando a adesão ao serviço.
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Polêmica com a Anatel
Apesar do lançamento promissor, a NuCel enfrenta uma questão regulatória que pode impactar suas operações. O contrato entre o Nubank e a operadora Claro inclui uma cláusula de exclusividade que impede o Nubank de contratar outras operadoras sem autorização da parceira.
Essa condição, detalhada na cláusula 6.3.8 do contrato, gerou um parecer técnico desfavorável da Anatel. A agência alega que essa restrição vai contra as regras estabelecidas para operadoras móveis virtuais no Brasil.
Segundo o regulamento, as MVNOs devem ter a liberdade de contratar com múltiplas operadoras. Isso evita monopólios e incentiva a concorrência, o que beneficia o consumidor com mais opções de escolha.
A Anatel sustenta que, em outras situações, já interveio para remover cláusulas de exclusividade, favorecendo o desenvolvimento de um mercado mais competitivo e transparente. A agência vê a liberdade de contratação como uma questão central para o equilíbrio do setor, permitindo que novas operadoras virtuais expandam suas parcerias de acordo com as necessidades do mercado.
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Posicionamento do Nubank e da Claro
Por fim, em resposta à contestação da Anatel, o Nubank afirma que a cláusula de exclusividade é apenas uma questão “técnica” e não interfere diretamente no funcionamento da NuCel. Segundo o banco, a escolha pela parceria com a Claro foi estratégica, para estruturar o modelo de negócios da operadora com uma rede já consolidada e capaz de oferecer a cobertura e estabilidade necessárias para o serviço.
Dessa forma, o Nubank acredita que a exclusividade fortalece a qualidade do serviço e vê o contrato como uma base sólida para a expansão de sua atuação no mercado de telecomunicações.
A Claro, por sua vez, defende a legalidade do contrato e argumenta que a parceria com o Nubank é resultado de uma negociação independente, sem a imposição de exclusividade por parte da operadora.
A Claro esclarece que a NuCel possui a possibilidade de contratar outras operadoras se desejar, mas que a exclusividade é uma opção do Nubank, que decidiu por concentrar seus esforços em uma única parceria.
Enfim, o desfecho dessa situação dependerá do posicionamento final da Anatel, que analisa o contrato para verificar se ele está em conformidade com as regulamentações de MVNOs.
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