Fora de área: nova lei permite trabalhadores ignorarem chefes após o horário de trabalho; vale para o Brasil?

Conheça a nova lei trabalhista que vai permitir profissionais deixarem seus telefones “fora de área” para não atender o chefe depois do trabalho

Já imaginou poder desligar o celular ou ignorar mensagens e ligações do chefe assim que o expediente termina, sem medo de retaliações?

Uma nova lei promete garantir esse direito para trabalhadores, permitindo que eles realmente desconectem após o horário de trabalho. Essa medida visa proteger o tempo livre dos profissionais, evitando o desgaste mental e a sobrecarga de trabalho.

Mas será que essa lei já está em vigor no Brasil? Muitos trabalhadores estão curiosos para saber se também poderão se beneficiar dessa novidade. A ideia é limitar as cobranças fora do expediente, garantindo que o tempo destinado ao descanso e à família seja respeitado.

Fora de área nova lei permite trabalhadores ignorarem chefes após o horário de trabalho; vale para o Brasil
Nova lei trabalhista surpreende profissionais com o “direito de desconectar”! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Nova lei trabalhista dá o “direito de desconectar”

Em meio às crescentes discussões sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional, surge uma novidade no cenário trabalhista internacional: o direito de desconectar-se.

Em países como a Austrália, uma nova legislação já começa a moldar a forma como os trabalhadores lidam com as demandas fora do expediente.

O principal objetivo dessa medida é reduzir as jornadas excessivas e o impacto da hiperconectividade, garantindo mais qualidade de vida e tempo livre para os funcionários. No entanto, será que essa nova realidade pode chegar ao Brasil?

Na última segunda-feira (26/08), a Austrália deu um passo importante na proteção do bem-estar de seus trabalhadores com a implementação do “direito de se desconectar”.

Basicamente, a lei permite que funcionários de empresas de médio e grande porte no país ignorem comunicações de seus superiores ou colegas fora do horário de trabalho sem sofrerem consequências.

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Nem todos empregadores veem a medida com bons olhos

A medida, cujo anúncio veio em fevereiro, tem o intuito de combater as longas jornadas e proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável. Para empresas com menos de 15 funcionários, a obrigatoriedade só começa no segundo semestre de 2025, dando tempo para adaptações.

A legislação foi bem recebida por sindicatos e organizações de trabalhadores, mas apresenta desconfiança por parte de inúmeros empregadores.

Segundo Anna Booth, provedora de Justiça do Trabalho da Austrália, embora a lei forneça suporte legal, o bom senso ainda é necessário. Isso porque situações excepcionais, como emergências ou casos previstos em contrato, ainda podem exigir que o funcionário responda fora do expediente.

De acordo com um estudo realizado em 2023 pelo Instituto Australiano, muitas pessoas passaram a trabalhar além do horário formal, com boa parte dessas horas não sendo remuneradas. Estima-se que os trabalhadores estão perdendo cerca de R$ 41 mil anuais em horas extras não pagas.

Além do efeito financeiro negativo, essa realidade também afeta a saúde mental e física dos trabalhadores, com perdas de tempo que poderiam dedicar a atividades pessoais e descanso.

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Em um futuro próximo, mudança pode beneficiar brasileiros

Por conta da crescente conscientização sobre a importância do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, não é impossível que, em um futuro próximo, o Brasil adote medidas semelhantes.

Além de proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável, uma mudança assim poderia posicionar o país entre as nações que priorizam o bem-estar e a saúde mental de seus trabalhadores.

Portanto, embora a nova legislação ainda seja exclusiva da Austrália, ela abre caminho para uma importante reflexão sobre como equilibrar produtividade e qualidade de vida. Isso pode inspirar mudanças no Brasil e em outras partes do mundo.