É verdade que o INSS agora pode suspender benefícios SEM avisar antes? Entenda!

A notícia recente de que o INSS não precisa mais avisar ao suspender benefícios deixou milhares de segurados com medo.

Recentemente, uma mudança no sistema previdenciário brasileiro gerou grande preocupação entre aposentados e pensionistas. Ela causou inseguranças em relação aos pagamentos previdenciários.

Com a aprovação de uma nova lei, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu permissão para realizar a suspensão de benefícios sem a necessidade de notificar previamente os segurados. A medida surgiu com o objetivo de combater fraudes e tornar o sistema mais eficiente.

No entanto, muitos temem que essa mudança possa causar injustiças e insegurança, principalmente entre os beneficiários que dependem dessas quantias como sua principal fonte de renda. Entenda como essa nova prática vai funcionar.

Recentemente, uma notícia do INSS sobre a suspensão automática de benefícios chamou atenção da população.
Recentemente, uma notícia do INSS sobre a suspensão automática de benefícios chamou atenção da população. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Como vai funcionar a suspensão automática de benefícios do INSS?

A princípio, a nova regulamentação permite que o INSS suspenda automaticamente benefícios como aposentadorias e pensões sem a abertura de um processo administrativo prévio.

Isso significa que, ao identificar uma possível irregularidade, o órgão pode interromper o pagamento de forma imediata, sem dar ao beneficiário a oportunidade de se manifestar antes da suspensão. Essa prática, conhecida como “corte sumário”, tem como objetivo acelerar o processo de combate a fraudes no sistema previdenciário.

Antes dessa mudança, o INSS tinha obrigação de notificar o segurado sobre qualquer irregularidade e permitir que ele apresentasse sua defesa antes de qualquer ação.

Agora, o corte acontece sem aviso e o beneficiário só poderá contestar a suspensão depois que já houve interrupção do pagamento. Segundo o governo, essa medida vai agilizar o processo e garantir que os recursos públicos tenham uma administração melhor.

No entanto, essa agilidade também pode trazer riscos, já que erros podem ocorrer no processo, levando à suspensão de benefícios legítimos.

Especialistas temem que, ao tentar combater fraudes de maneira rápida, o INSS acabe prejudicando segurados que dependem desses recursos para sobreviver, especialmente idosos e pessoas de baixa renda.

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Como funciona hoje e o que muda?

Antes da sanção da nova lei, o processo de suspensão de benefícios do INSS seguia um protocolo mais cuidadoso.

Ao identificar uma possível irregularidade, o órgão abria um processo administrativo e notificava o beneficiário, que tinha um prazo para apresentar sua defesa e regularizar a situação.

Somente após esse período, caso o problema não fosse resolvido, o benefício poderia ser suspenso. Esse modelo oferecia ao segurado a oportunidade de se defender antes que qualquer corte fosse feito.

Com a nova regulamentação, essa dinâmica mudou radicalmente. Agora, o INSS pode suspender o benefício sem aviso prévio, e o segurado só terá a chance de apresentar sua defesa após a interrupção do pagamento.

Essa mudança aumenta o risco de cortes indevidos, especialmente para aqueles que podem ter dificuldades em acessar o sistema digital ou entender as notificações.

A ausência de um aviso prévio gera insegurança jurídica e pode fazer com que muitos beneficiários fiquem temporariamente sem sua principal fonte de renda, enfrentando dificuldades financeiras até que consigam reverter a situação.

Especialistas preveem um aumento no número de ações judiciais movidas por segurados que se sentirem prejudicados pela suspensão automática de seus benefícios. Isso pode agravar ainda mais a já extensa fila de processos relacionados a questões previdenciárias, gerando mais lentidão na resolução desses casos.

Fique atento: Afinal, os benefícios do INSS também contemplam crianças e adolescentes ou APENAS idosos?