Péssima do notícia do governo: benefícios do INSS podem ser cortados? Entenda
Notícias sobre corte de gastos do INSS pelo governo deixaram diversas pessoas aflitas; entenda qual é a realidade disso.
O governo federal está discutindo novos cortes de gastos, mas isso pode afetar alguns benefícios, como o abono salarial e o seguro-desemprego, podem estar na mira para redução ou ajustes. Ou seja, o INSS estaria nessa lista de possíveis miras dos cortes.
Com o aumento do dólar e a pressão para controlar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está desenvolvendo um pacote de medidas para conter despesas. O anúncio deve sair ainda nesta semana.
O objetivo é ajustar os gastos ao novo arcabouço fiscal, um conjunto de regras que limita o crescimento das despesas públicas.
Este pacote de cortes é considerado essencial para manter o equilíbrio fiscal e a credibilidade econômica do país, mas também levanta preocupações entre trabalhadores e beneficiários do INSS que dependem de programas sociais para complementar sua renda.
Abono salarial pode ser revisto pelo governo
O abono salarial, um benefício que não é do INSS, mas que visa complementar a renda dos trabalhadores de baixa renda com carteira assinada, está sob análise.
A discussão sobre a revisão deste benefício não é nova; outros governos já debateram o assunto. O argumento central é que trabalhadores formais, que já possuem uma série de benefícios garantidos, talvez não necessitem tanto do abono quanto trabalhadores informais, que não têm a mesma segurança.
A economista-chefe da Galapagos, Tatiana Pinheiro, questiona a real necessidade do abono salarial. Segundo ela, o recurso destinado ao abono poderia ser redirecionado para políticas que atendam os trabalhadores informais e outras populações mais vulneráveis, que muitas vezes não possuem nenhuma proteção social.
Mas a decisão de cortar ou alterar o abono pode ser complicada, uma vez que ele representa uma ajuda importante para milhões de trabalhadores de baixa renda.
Seguro-desemprego também pode ter novas regras
Outra possível mudança no pacote de cortes de gastos envolve o seguro-desemprego. Diferente do que se pensa, esse benefício não é pago pelo INSS. Mesmo com a queda no desemprego, que chegou a 6,4% em setembro, o governo continua gastando grandes somas com o seguro-desemprego.
A economista Tatiana Pinheiro acredita que as regras do benefício precisam ser ajustadas ao cenário atual, onde mais pessoas têm acesso a empregos formais.
O desafio é encontrar um equilíbrio: reduzir os custos sem prejudicar os trabalhadores que realmente necessitam do benefício.
A ideia é que o seguro-desemprego seja mais direcionado a quem está em situação de maior vulnerabilidade, enquanto o governo trabalha para ajustar os gastos obrigatórios e cumpre os limites do novo arcabouço fiscal.
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Pressões fiscais e o arcabouço fiscal do governo; entenda
O pacote de corte de gastos visa principalmente manter o orçamento do governo dentro dos limites do arcabouço fiscal. Esta regra define que as despesas só podem crescer até a inflação do ano mais um adicional de 2,5%.
No entanto, até outubro, os gastos obrigatórios do governo já haviam crescido cerca de 12%, o que ultrapassa significativamente esse limite. Assim, a revisão dos benefícios é uma tentativa de controlar esse crescimento e manter a economia do país mais estável.
Tatiana Pinheiro explica que o corte de despesas é fundamental para que o governo tenha mais controle sobre suas finanças e cumpra as metas fiscais. Além disso, o pacote de cortes pode impactar a política monetária, influenciando as futuras decisões sobre a taxa Selic, que é a taxa básica de juros do país.
Benefício do INSS pode ser cortado?
Não há nenhuma informação a respeito de cortes no INSS, mas muitas notícias dizem que sim. O governo não afirmou que isso poderia ocorrer.
A necessidade de aprovar o pacote do governo rapidamente
O governo precisa aprovar as propostas do pacote de cortes ainda este ano. Com o recesso parlamentar previsto para 20 de dezembro, o governo terá que acelerar o processo no Congresso para que as mudanças entrem em vigor o quanto antes.
O cancelamento de uma viagem internacional do ministro Haddad foi um sinal de comprometimento com o andamento das negociações.
A expectativa do mercado financeiro é que o pacote de cortes ajude a reduzir a taxa de juros e controle a inflação, o que beneficia a economia como um todo.
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Segundo Pinheiro, o anúncio das medidas de ajuste fiscal é visto como um passo positivo pelo mercado, pois sinaliza que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal.
As discussões sobre o pacote de corte de gastos mostram que o governo está sob forte pressão para reduzir despesas e cumprir o novo arcabouço fiscal.
A possível revisão do abono salarial e do seguro-desemprego está no centro dessas negociações, mas qualquer decisão que afete benefícios sociais será cercada de polêmicas.
O momento exige atenção e preparação por parte dos beneficiários, que podem ser impactados diretamente pelas mudanças. Mas, ao mesmo tempo, o governo vê esses ajustes como essenciais para fortalecer a economia e aumentar a credibilidade do país, tanto internamente quanto para investidores estrangeiros.