Quem tem CNPJ pode receber Bolsa Família? As regras são CLARAS!

Muitas pessoas que têm CNPJ se perguntam se isso é um impedimento para receber o Bolsa Família, mas as regras respondem.

O Bolsa Família é um programa social essencial para milhões de brasileiros que se encontram em situação de vulnerabilidade. Ele garante uma renda mínima às famílias, promovendo a inclusão e o combate à pobreza.

No entanto, com a crescente popularidade de pessoas que optam por abrir um CNPJ, seja como microempreendedor individual (MEI) ou em outras modalidades, surgem dúvidas sobre a continuidade do benefício.

Afinal, ter um CNPJ ou abrir uma empresa afeta o direito ao Bolsa Família? Essa questão é importante, especialmente para aqueles que buscam empreender sem perder o apoio do programa.

Isso porque ter um CNPJ não significa que a pessoa tem uma alta renda todos os meses. Dessa forma, se for sua situação, confira a verdade.

Se você tem CNPJ e precisa do Bolsa Família, veja se há possibilidade de receber.
Se você tem CNPJ e precisa do Bolsa Família, veja se há possibilidade de receber. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Entendendo as regras gerais do programa

Para ter direito ao Bolsa Família, a regra básica é a renda per capita da família, ou seja, a renda total dividida pelo número de membros. Segundo as diretrizes atuais, cada pessoa da família deve ter uma renda de até R$ 218 mensais.

Esse valor é o limite que define quem se encontra em situação de pobreza e pode ser beneficiado pelo programa.

Por exemplo, uma família composta por sete pessoas e com uma renda total de R$ 1.412, o equivalente a um salário mínimo, teria uma renda per capita de R$ 201,71, o que estaria abaixo do limite estipulado, tornando-a elegível para o Bolsa Família.

Além da renda, para receber o benefício, é fundamental que a família esteja cadastrada no Cadastro Único (CadÚnico).

Esse registro reúne as informações socioeconômicas das famílias de baixa renda e é a porta de entrada para o Bolsa Família.

A inscrição no CadÚnico acontece em postos de atendimento de assistência social, como o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

Vale lembrar que, mesmo após a inscrição, a entrada no programa não é imediata. O governo realiza uma seleção automatizada mensalmente para identificar as famílias que cumprem os critérios e começam a receber o benefício.

Outro ponto importante é a Regra de Proteção. Esse mecanismo garante que famílias que tenham um aumento temporário de renda possam continuar no programa por até 24 meses.

Durante esse período, se a renda familiar per capita subir para até meio salário mínimo por pessoa, a família permanece no programa, mas recebendo 50% do valor do benefício.

Essa regra evita que um pequeno aumento de renda faça a família perder o benefício de imediato, proporcionando um período de transição para maior estabilidade financeira.

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Afinal, quem tem CNPJ pode receber Bolsa Família?

Sim, é possível receber o Bolsa Família mesmo tendo um CNPJ, desde que a renda familiar per capita se mantenha dentro dos limites estabelecidos pelo programa.

Ter um CNPJ, seja como microempreendedor individual (MEI) ou em outra categoria, não impede automaticamente o recebimento do benefício.

O critério determinante continua sendo a renda mensal por pessoa na família. Portanto, enquanto a renda média por membro permanecer dentro do limite de R$ 218, a família continua elegível para o Bolsa Família.

Abrir um CNPJ não significa necessariamente que a renda familiar vai aumentar de forma significativa. Muitas vezes, pequenos empreendedores ainda enfrentam dificuldades financeiras, especialmente nos primeiros anos de negócio.

O governo reconhece essa realidade e, por isso, a simples existência de um CNPJ não exclui a família do programa. O que realmente importa é a renda gerada pelo trabalho ou empreendimento e como ela se distribui entre os membros da família.

Além disso, mesmo que o rendimento da família aumente e ultrapasse o limite de R$ 218 por pessoa, a Regra de Proteção assegura que a família continue recebendo parte do benefício por até dois anos.

Ou seja, durante esse período, se a renda voltar a cair, a família pode retomar o valor integral do Bolsa Família sem precisar passar novamente por todo o processo de inscrição.

Isso oferece segurança e estabilidade financeira em um momento de transição econômica para famílias que estão tentando melhorar sua condição por meio do empreendedorismo.

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