Governo deve lançar app que bloqueia celular irregular até final do ano; entenda
O governo federal deve lançar, até o fim do ano, o aplicativo Celular Seguro, com o objetivo de auxiliar na segurança dos aparelhos roubados ou furtados no país.
A ideia é permitir que, ao ser roubado, o usuário consiga bloquear o dispositivo pelo app, mas sem desativar o rastreamento do aparelho, o que aumenta as chances de localização pela polícia.
Além disso, o novo sistema pretende também informar quando um novo chip é inserido em um celular roubado, acionando automaticamente as operadoras de telefonia para que a polícia seja notificada.
Esse protocolo, chamado Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, será inicialmente testado em um projeto piloto, em 11 estados brasileiros: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Esses estados foram selecionados por já possuírem sistemas avançados de procedimentos policiais eletrônicos, o que facilita a implantação do programa e a colaboração entre forças de segurança e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Ampliação do Celular Seguro para o resto do Brasil
Esse projeto piloto, se bem-sucedido, deverá ser ampliado para todos os estados do país, buscando uniformizar a resposta policial em casos de roubos e furtos de celulares.
A ideia é que o novo aplicativo e os protocolos de recuperação facilitem a atuação policial em âmbito nacional, permitindo que os aparelhos roubados ou furtados sejam não apenas bloqueados, mas também localizados com mais eficiência.
O governo pretende implementar o aplicativo de forma a oferecer duas modalidades de bloqueio: uma total, que inutiliza o aparelho completamente, e uma parcial, que bloqueia apenas os aplicativos e o chip.
Na modalidade parcial, o dono do celular mantém o rastreamento do aparelho ativo, aumentando as chances de recuperação do dispositivo pela polícia. Essa funcionalidade é pensada para dificultar o uso do celular por terceiros, ao mesmo tempo em que facilita a localização, caso o aparelho seja movido.
Lista suja também está em fase de implementação
Outra medida que deve integrar o aplicativo Celular Seguro é a criação de uma “lista suja” de aparelhos. Com essa lista, qualquer pessoa poderá verificar se um celular que pretende comprar está ou não envolvido em ocorrências policiais, como roubo ou furto.
A consulta se dará por meio do IMEI, um número único de identificação dos aparelhos móveis. A implementação desse recurso é fundamental para coibir a circulação de aparelhos irregulares, facilitando a identificação de dispositivos roubados e tornando o mercado de usados mais seguro.
Além disso, a proposta do governo é disponibilizar o acesso à lista nacional de boletins de ocorrência para verificar possíveis restrições de um celular.
Essa medida conta com a parceria entre o MJSP e a Anatel, visando uma base de dados mais robusta e atualizada. Esse tipo de controle e consulta, que será aberto a todos, traz mais segurança ao comprador e ajuda a inibir a revenda de celulares roubados, reduzindo a atratividade desse tipo de crime.
Descubra mais: Dinheiro na conta e cartão bloqueado: como sacar BPC quando isso acontece?
Medida já foi texto para projeto de celular e estado brasileiro
A medida é inspirada no sistema de bloqueio de celulares já utilizado no estado do Piauí, que tem mostrado bons resultados na recuperação de dispositivos. O modelo piauiense inclui o alerta ao app assim que um chip novo é inserido no celular roubado.
A experiência bem-sucedida no Piauí é o que fundamenta a aposta no Celular Seguro como ferramenta nacional de combate ao roubo de celulares.
Até o momento, o aplicativo já tem cerca de 2,3 milhões de usuários cadastrados, e, desde o início da iniciativa, foram registrados mais de 89 mil alertas de bloqueio por roubo ou furto.
São Paulo é o estado com o maior número de bloqueios registrados, seguido por Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, o que mostra a demanda crescente por soluções de segurança digital e apoio à recuperação de bens.
Com o lançamento do Celular Seguro em escala nacional, o governo visa melhorar a resposta ao roubo de celulares e criar um ambiente de compra mais confiável para o consumidor.
A expectativa é que a ferramenta ajude a reduzir o número de furtos e roubos de dispositivos no país, dando mais tranquilidade aos usuários e dificultando a revenda de produtos obtidos de forma ilícita. Com essa combinação de tecnologia e colaboração entre órgãos de segurança, o Brasil busca tornar-se um país menos atrativo para crimes de roubo e furto de celulares.