Auxílio-doença: INSS corta 9 em cada 10; veja o “truque” para receber
Auxílio-doença do INSS tem mais chances de ser negado do que aceito, mas há bons motivos para que isso aconteça.
O processo de conseguir o tão necessário auxílio-doença tem ficado cada vez mais desafiador. Hoje em dia, 9 em cada 10 pedidos de renovação são cortados nas perícias presenciais feitas pelo INSS. Isso mesmo, não é exagero.
Mas calma lá, porque existe um jeito que pode aumentar as chances de manter o benefício. Vale a pena entender o que é esse “truque” e como ele pode te ajudar a não ficar sem o auxílio.
Lembre-se de que, embora chamado de “truque”, nãos e trata de uma trapaça ou maneira ilegal de conseguir a tal liberação do auxílio, mas sim é sobre a forma correta de conquistar o benefício.
Por que o corte do auxílio-doença é tão bloqueado?
Primeiro, precisamos entender por que o INSS está cancelando tanto auxílio-doença. Grande parte da explicação está no sistema chamado Atestmed. Esse sistema começou a ser utilizado pelo INSS para verificar os pedidos de auxílio-doença de uma forma mais rápida e eficaz, especialmente com a demanda alta de novos pedidos.
O Atestmed permite que alguns auxílios sejam concedidos sem uma perícia presencial, ou seja, você pode conseguir o benefício apenas apresentando documentos médicos. Isso agiliza muito o processo, mas também abre espaço para o risco de concessões inadequadas.
Como resultado, o INSS tem exigido que, após seis meses, todo mundo passe por uma perícia presencial. É aí que muitos segurados acabam perdendo o benefício. Ou seja, o corte de 9 em cada 10 vem justamente nessa segunda análise.
As novas regras do jogo do INSS
O governo implementou algumas regras mais rígidas em agosto de 2024 para reduzir fraudes e garantir que o benefício vá para quem realmente precisa.
Agora, qualquer prorrogação do auxílio-doença só pode durar no máximo 60 dias sem que o segurado passe por uma nova perícia presencial. Esse limite reduz as chances de renovação automática, o que também aumenta o índice de cortes.
Além disso, o INSS tem um critério de revisão bem rigoroso. Eles monitoram os atestados e verificam até se o diagnóstico está correto.
O segurado precisa apresentar um atestado legível, com todas as informações corretas e com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) bem visível. Caso contrário, o benefício pode ser suspenso.
O segredo revelado: como aumentar as chances de manter o auxílio-doença
Agora, vamos ao truque para não ser pego de surpresa. A dica é simples, mas pode fazer a diferença: se prepare para a perícia.
Sim, parece óbvio, mas muita gente acha que basta mostrar um atestado e pronto. Na verdade, o que os peritos do INSS querem ver é se o segurado realmente não tem condições de voltar ao trabalho. Então, é importante garantir que o seu atestado médico tenha todos os detalhes e que o diagnóstico seja claro.
Outra dica é pedir para que o médico inclua o máximo de informações sobre a sua condição de saúde e como ela afeta sua rotina de trabalho.
Além disso, leve documentos adicionais que ajudem a comprovar sua situação, como exames e relatórios médicos. Isso não garante 100% que você passará, mas aumenta as chances.
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O que mais muda com o Atestmed?
O Atestmed tem facilitado a concessão do benefício inicial, mas, ao mesmo tempo, trouxe um desafio extra. Como o sistema está mais voltado para evitar fraudes, ele tende a limitar a autonomia dos médicos peritos para renovar benefícios. Então, os profissionais precisam seguir diretrizes rígidas que nem sempre favorecem o segurado. Isso significa que qualquer detalhe fora do padrão pode ser motivo de corte.
Por exemplo, um atestado médico que não tenha CID-10, que esteja ilegível ou com alguma inconsistência de dados, é quase certeza de corte. Por isso, redobrar a atenção nesses detalhes é crucial para evitar a suspensão do auxílio.
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Perícias e Monitoramento: O INSS Está de Olho
O INSS tem intensificado a revisão de todos os benefícios de incapacidade temporária. A ideia é reduzir ao máximo as fraudes, mas isso tem deixado muita gente que realmente precisa do auxílio sem o benefício. E isso é motivo de reclamação, mas também mostra o quanto é importante garantir que todos os documentos estejam em ordem.
Se você acha que está com os documentos corretos e ainda assim teve o benefício negado, existe a possibilidade de recorrer. Para isso, consulte um advogado ou procure orientação em um posto do INSS. É sempre bom lembrar que o direito ao auxílio existe, mas é necessário seguir as regras e apresentar os documentos certos.