O pagamento retroativo do Bolsa Família cai JUNTO com a parcela do mês ou tenho que ir na Caixa?

Uma dúvida frequente de beneficiários do Bolsa Família é se, ao voltarem a receber o benefício, os retroativos caem junto com a parcela vigente.

O Bolsa Família garante uma renda mínima para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, que podem se prejudicar quando o pagamento não cai.

No entanto, há casos em que o benefício para de ser entregue por pendências cadastrais ou outros motivos, deixando os beneficiários em dúvida sobre como proceder para regularizar a situação e, principalmente, sobre como funcionam os pagamentos retroativos.

Após o desbloqueio, muitas pessoas se perguntam se os valores em atraso acabam caindo na conta automaticamente junto com a parcela atual. E é aí que muitos acabam não recebendo todas as suas pendências.

Você vai receber pagamentos retroativos do Bolsa Família? Veja como pode acessar cada um deles!
Você vai receber pagamentos retroativos do Bolsa Família? Veja como pode acessar cada um deles! / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Como desbloquear o Bolsa Família?

Primeiramente, o desbloqueio do Bolsa Família exige que o beneficiário resolva as pendências que levaram ao bloqueio. Saiba como desbloquear o benefício:

  1. Verifique a causa do bloqueio: O primeiro passo é entender o motivo pelo qual o MDS bloqueou o Bolsa Família. Para isso, basta acessar o aplicativo Caixa Tem ou entrar em contato com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo.
  2. Atualize o Cadastro Único (CadÚnico): Se o bloqueio ocorreu devido a dados desatualizados no CadÚnico, é necessário comparecer ao CRAS com a documentação da família para atualizar as informações.
  3. Leve os documentos necessários:
  • RG e CPF de todos os membros da família.
  • Certidão de nascimento ou casamento.
  • Comprovante de residência atualizado.
  • Carteira de trabalho, se aplicável.
  • Declaração de matrícula escolar, se houver crianças ou adolescentes na família.
  1. Solicite o desbloqueio no CRAS: Com os dados atualizados, solicite o desbloqueio do Bolsa Família. O prazo de análise pode variar, mas, geralmente, o benefício volta ao normal no mês seguinte, caso o beneficiário atualize antes do fechamento da folha de pagamento.
  2. Acompanhe o processo: Além disso, monitore o status do benefício pelo aplicativo Caixa Tem ou diretamente no CRAS para confirmar o desbloqueio e verificar se há pendências adicionais.

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Quando desbloquear, as parcelas retroativas caem junto com a atual?

Após o desbloqueio do Bolsa Família, as parcelas retroativas não costumam cair automaticamente junto com a parcela do mês atual.

Ao contrário do que muitos acreditam, o aplicativo Caixa Tem não notifica os beneficiários de que esses valores estão disponíveis.

Ou seja, isso significa que, após o desbloqueio, é necessário tomar algumas medidas para garantir o recebimento das parcelas atrasadas.

Dessa forma, as parcelas retroativas, que correspondem ao período em que o benefício ficou bloqueado, precisam ser solicitadas diretamente em uma agência da Caixa Econômica Federal.

Para isso, o beneficiário deve comparecer à agência com um documento oficial com foto, como RG ou carteira de motorista.

Em algumas cidades, a Caixa pode exigir, além do documento original, uma cópia em xerox para realizar o processo de liberação dos valores.

Ao comparecer à agência, o atendente verificará se há valores retroativos a serem pagos e, em seguida, efetuará a liberação para saque.

Por fim, é importante lembrar que, em casos de desbloqueio, o beneficiário pode ter direito a receber todas as parcelas acumuladas de uma vez, referentes ao período de bloqueio.

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MP pede suspensão do Bolsa Família para quem apostar em jogos de azar

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou a suspensão dos benefícios sociais, como o Bolsa Família, para pessoas que utilizarem os recursos em jogos de azar.

A recomendação foi enviada ao presidente do TCU, Bruno Dantas, sugerindo ainda que o uso do cartão do benefício em sites de apostas seja considerado ilegal.

Um estudo do Banco Central, solicitado pelo senador Omar Aziz, revelou que beneficiários do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões para empresas de apostas via Pix em agosto.

A média gasta pelos beneficiários foi de R$ 100, com 70% dos apostadores sendo chefes de família, responsáveis pelo recebimento do benefício.

O subprocurador Lucas Furtado expressou indignação com os dados, ressaltando que os recursos dos benefícios sociais vêm dos tributos pagos pela sociedade e devem ser destinados às necessidades básicas, não ao jogo.