Cresce número de falsificações de AZEITE em 2024: como saber qual é VERDADEIRO?
O azeite é um dos produtos alimentícios que mais encareceu nos últimos meses e, com isso, as falsificações ganharam mais espaço.
O consumo de azeite de oliva, conhecido por seus benefícios à saúde, tem crescido significativamente no Brasil, impulsionando o mercado desse produto.
No entanto, com o aumento da demanda, surge também um preocupante crescimento nas fraudes relacionadas ao azeite.
Para se ter ideia, em 2024, o país viu uma disparada nas apreensões de azeite falsificado, com mais de 97 mil litros identificados apenas no primeiro semestre do ano, superando o total de apreensões de 2023.
Esse cenário alarmante traz à tona questões sobre a segurança e a qualidade do azeite que chega às prateleiras dos supermercados, além dos riscos potenciais para a saúde dos consumidores que buscam no produto original uma forma mais saudável de se alimentar.
Por que o azeite está sendo falsificado?
A falsificação de azeite de oliva no Brasil tem se tornado cada vez mais comum porque o produto está muito mais caro, além de haver uma dificuldade que muitos consumidores têm em identificar o produto verdadeiro.
O azeite de oliva, especialmente o extravirgem, é um produto valorizado por suas propriedades nutricionais e benefícios à saúde, o que o torna um alvo atraente para fraudes.
Fraudadores aproveitam a falta de conhecimento dos consumidores e a complexidade na verificação da autenticidade do produto para adicionar óleos vegetais mais baratos, como o de soja, ou usar corantes que imitam as características visuais do azeite verdadeiro.
A mistura de óleos ou a adição de substâncias não permitidas faz com que esses produtos sejam vendidos a preços competitivos, confundindo ainda mais os consumidores.
Além disso, o custo de produção do azeite de oliva é relativamente alto, especialmente para as variedades de maior qualidade, como o extravirgem.
Essa disparidade entre o custo de produção e o preço de venda cria um incentivo para a adulteração, já que os fraudadores conseguem lucrar mais ao misturar azeite com produtos de menor valor.
A fiscalização, embora presente, enfrenta desafios na detecção de todas as fraudes, devido à escala e à sofisticação das técnicas utilizadas.
Outro fator que contribui para a falsificação é a crescente popularidade do azeite de oliva como um alimento saudável, recomendado por médicos para prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a saúde geral.
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Como reconhecer o azeite verdadeiro?
Identificar o azeite de oliva verdadeiro pode ser um desafio, especialmente diante da sofisticação das fraudes. No entanto, há algumas dicas e conhecimentos básicos que podem ajudar a diferenciar os produtos autênticos daqueles adulterados.
Um dos aspectos mais importantes a considerar é o frescor do azeite, já que ele é, essencialmente, um “suco de azeitona” e deve ser consumido o mais fresco possível.
Outra dica é prestar atenção à embalagem; azeites em garrafas de vidro escuro ou em latas protegem melhor o produto da luz, que pode acelerar a degradação.
Além disso, é bom saber conhecer os diferentes tipos de azeite e suas classificações, o que pode ajudar nas pistas sobre a qualidade do produto.
Conheça os tipos de azeite
- Extravirgem: O azeite de maior qualidade, produzido a partir de azeitonas em perfeito estado, com acidez menor que 0,8%. Apresenta características sensoriais positivas, como frutado, amargo e picante, sem defeitos perceptíveis.
- Virgem: Um azeite de qualidade intermediária, com acidez abaixo de 2%, proveniente de azeitonas que podem ter passado por algum estágio de oxidação. Ainda mantém algumas qualidades positivas, mas pode apresentar defeitos sensoriais leves.
- Lampante: De péssima qualidade, com acidez superior a 2%, não é adequado para consumo humano. Geralmente é feito a partir de azeitonas de baixa qualidade e apresenta defeitos sensoriais marcantes.
- Tipo Único: Derivado da mistura de azeite refinado com azeite virgem. Esse tipo é quimicamente tratado para remover impurezas, tornando-o adequado para consumo, mas sem as qualidades sensoriais dos azeites de maior qualidade.
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A falsificação faz mal para a saúde?
A adulteração de azeite de oliva não apenas compromete a qualidade do produto, mas também pode representar sérios riscos à saúde e é aí que está o principal problema.
A mistura de azeite com óleos vegetais baratos, como o de soja, ou a adição de corantes e aromatizantes não autorizados, pode introduzir substâncias que não foram testadas ou aprovadas para consumo humano.
Além disso, a fraude compromete os benefícios nutricionais que o azeite de oliva verdadeiro oferece, como a proteção contra doenças cardiovasculares, deixando os consumidores vulneráveis, incluindo quem tem alergia aos corantes.
Um exemplo extremo dos perigos associados à falsificação de azeite foi a tragédia ocorrida na Espanha na década de 1980, conhecida como “síndrome do azeite tóxico”.
Na ocasião, mais de mil pessoas morreram após consumir azeite adulterado com um óleo industrial não destinado ao consumo humano. Embora esse seja um caso extremo, ele ilustra os potenciais riscos envolvidos na adulteração de alimentos.
No Brasil, enquanto as fraudes identificadas até agora têm envolvido principalmente misturas com óleos vegetais e aditivos não permitidos, ainda não se conhece plenamente os efeitos a longo prazo dessas substâncias no organismo.
Além dos riscos diretos à saúde, o consumo de azeite adulterado é preocupante para pessoas que o utilizam como parte de um regime de saúde recomendado por médicos.
A troca de um azeite extravirgem, rico em antioxidantes e ácidos graxos benéficos, por um produto falsificado e de baixa qualidade, pode, na verdade, piorar a saúde cardiovascular ao invés de melhorá-la.
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