‘Acabei de ser aprovado no Bolsa Família, mas assinaram minha Carteira de Trabalho’: o que vai acontecer?

Descubra o que acontece quando você recebe o programa Bolsa Família mas começa a trabalhar em seguida de carteira assinada

Se você começou a receber o Bolsa Família e logo em seguida conseguiu um emprego de carteira assinada, é normal ter dúvidas sobre o que vai acontecer com o benefício.

Afinal, a assinatura da Carteira de Trabalho pode alterar sua renda familiar e impactar a continuidade dos pagamentos. Mas será que isso significa perder o Bolsa Família automaticamente?

A seguir, veja o que ocorre nessa situação e saiba como o governo avalia a renda familiar após a assinatura da Carteira.

'Acabei de ser aprovado no Bolsa Família, mas assinaram minha Carteira de Trabalho': o que vai acontecer?
Assinatura da Carteira de Trabalho pode prejudicar recebimento do Bolsa Família! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Mais de 20 milhões de famílias beneficiadas

Com o valor base de R$ 600, o Bolsa Família é uma fonte essencial de apoio para mais de 20 milhões de brasileiros.

Apesar disso, muitos questionamentos surgem sobre a continuidade do recebimento do benefício quando há uma mudança na situação de emprego dos beneficiários.

Contrariamente ao que muitos acreditam, ter um emprego com carteira assinada não significa perder automaticamente o direito ao Bolsa Família.

Desde 2023, uma medida do Ministério do Desenvolvimento Social garante que famílias que registram um aumento na renda per capita por meio de emprego formal possam continuar recebendo o benefício, mesmo que de forma parcial.

A famosa “Regra de Proteção” tem como objetivo ajudar as famílias que, mesmo com a nova fonte de renda, ainda não alcançam a estabilidade financeira necessária para abrir mão do programa.

Em outras palavras, a regra assegura que as famílias não percam o auxílio imediatamente ao conquistarem uma melhora financeira.

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Regra de Proteção pode fazer diferença no Bolsa Família

Dessa forma, se a renda mensal por pessoa na família ultrapassar o limite de R$ 218, mas não exceder meio salário mínimo (R$ 706 por pessoa atualmente), o beneficiário não perde o direito ao Bolsa Família de imediato.

Em vez disso, o valor cai para 50% do total, e essa condição pode se manter por até 24 meses. Esse período permite uma adaptação gradual, em que a família pode se reorganizar financeiramente.

Após o término desse prazo de dois anos, se a renda continuar acima do limite permitido, haverá suspensão do benefício. No entanto, caso a renda per capita da família caia para R$ 218, ela pode restabelecer seu valor integral.

Assim sendo, uma das principais vantagens da Regra de Proteção é a flexibilidade em caso de mudança na situação financeira da família.

Dessa forma, o Bolsa Família segue desempenhando seu papel central de reduzir a pobreza e promover melhores condições de vida para as famílias em todo o Brasil.

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Importante lembrar das condicionalidades do programa

Mesmo com a Regra de Proteção, é fundamental não esquecer das condicionalidades do Bolsa Família. Ou seja, é preciso ter atenção à manutenção das crianças na escola e a atualização das vacinas, independentemente das mudanças temporárias na renda familiar.

Com essas medidas, o programa se adapta à realidade de milhões de brasileiros que lutam por uma vida melhor, sem precisar abrir mão do suporte financeiro durante o processo de busca por estabilidade econômica.